Só-Sim-Não

Parece que o destino me diz "Fica sozinhx'' e eu nao vou renegar com elx. Pois são nos momentos que estou sozinhx onde consigo produzir as coisas que me fazem bem: minhas letras, minhas musicas, minhas fantasias, etc. Momentos de soledade alimentam muito minha criatividade, mas se sente um vazio. Esse vazio nao pode ser cheio por uma pessoa física não, mas sim são aqueles momentos, aqueles sentimentos, aqueles beijos, e abraços, e olhares e palavras que fazem me esquecer que existe um vazio. Vazio que só uma verdadeira e autentica energia pode encher de novo...

de NoiTES

Em muitas noites sento a tua presença rondando por o quarto onde dormo. È compreendido que isso que chamam de ``Amor´´ tem relação com esse sentimento libre de culpa, causa e forma que eu as veces sinto antes, durante e depois de cada sono.  

PAZ

dedicado para el Jose. 

Antes comprava flores, hoje tenho armas.

Ontem lembrei os dias que comprava flores. Era criança, e meu entorno acreditava num mundo com amor e paz. Os hippies dessa época eram muitos, a maioria na Patagonia. Eu sentia a necesidade de compartilhar meus desejos de felicidade com todo mundo. Minha mãe fazia entrar as crianças da rua pra comer em casa, e consegui conscientizar meu lado mas social que nada tem a ver com o dar pra quem não tem, e sim de pensar que todo funciona junto e que si algo na cidade esta errado, acredite, algo tenho a ver com isso.
Comecei a militar desde jovem, participava de um clube social da elite de minha ciudade, mais com objetivos próprios e verdadeiros de modificar e trabalhar pra um futuro algo melhor. Logo comecei a militar num movimento social na zona mas humilde da minha cidade, ai entendi de perto de que se tratava a desigualdade social.
Me transforme, numa época da minha adolescência senti ódio, ódio de quase todo mundo, começando pelas pessoas que não estavam nem ai de essas questões que eu consegui enxergar e trabalhar junto com elas. Eramos muitos, mas ao mesmo tempo eramos poucos pra tanto a fazer. Muitas lutas, muitas resistências.
Quando morei em Buenos Aires vi que o mundo tinha coisas piores pra enfrentar, nunca com meus 17 anos hábia visto tantas pessoas dormindo nas ruas. Me surpreendi, fiquei sensibilizado, somado que todas essas questões eram debate na escola de Alfredo Moffat, um psicologo social de vanguarda que levava pra frente muitas lutas. Um dia vi uma ocupação ser desalojada, quando saia de uma boate. Vi crianças molhadas passando frio, deixei meu abrigo com eles e os acompanhei toda essa manha faltando a todo qualquer compromisso, até trabalho.
Comecei a ocupar com grupos de punk´s e algums anarquistas, eram épocas onde eu tinha que lidar com meus trabalhos, estudos e a participação da ocupação, foi difícil mais aprendi muito. A primeira vez que vivi um desalojo senti que já não era uma brincadeira, que me estava envolvendo seriamente e que estava trasando um paralelo na minha vida. Vi como um dos meninos que ocupava jogava coisas contra a policia que, de forma ultra violenta, tentava entrar ao prédio. Eramos muitos, mais poucos pra essa luta. Fomos todos retirados pra a rua.
Na rua participei de varias manifestações pacificas, nas épocas difficiles na Argentina, a maioria dessa manifestações terminavam em confronto com a policia e a maioria de meus amigos alguma vez forem agredidos por policias ou levados presos pelomenos uma noite.
Minha revolta crescia, eu já não queria ter participação nenhuma com o estado nem muito menos ver a cara de um policia. Isto até o dia de hoje.
No Rio de Janeiro com 24 anos participei das manifestações contra o Choque de Ordem que havia agredido estudantes, nessa manifestação foi ameaçado, apontado com o dedo e levei um tapa de um policia. Quando militei os dos meses na praça da Cinelandia com OcupaRio, vivemos vários intentos e ameaças de parte da policia, mas nenhuma delas forem concretizadas até o ultimo dia onde todos meus parceiros (na sua maioria moradores de rua) forem mal tratados, humilhados, e levados como presos a o que o estado chama de abrigo. Senti essa mesma indignação e ódio que havia sentido em vários outros episódios. Abuso de autoridade total de parte do estado e mal trato moral e físico de parte da policia.
Lembro de uma manifestação no Rio de Janeiro, ano 2012, contra o aumento da passagem, levei um tapa forte de um policia e ae entendi que tinha que me fortalecer, pois aquele tapa na minha cara simbolizava de alguma forma o que o estado fazia com nossa sociedade, simbolizava muito mas que um tapa na cara.
VI muitos amigos serem agredidos e mal tratados por policia, para ser honesto meus maiores danos morais e danhos fisicos vierem de parte da policia, sempre.
Ontem, mentras assistia as imagenes de violencia extrema que a policia tinha com manifestantes no Rio e em Sao Paulo, me vi em todas aquelas sircunstancia nas que um policia me maltrato...
ontem lembrei que de criança coprava flores, hoje compro armas pra me defender.

A velha ``velha class meia´´ se incomoda da liberdade que sente o oprimido com o sonido do FUNK!

Procuram motivos, criam estupros.
Desvalorizam a realidade, a infama e sua ferramenta pra se defender do que nós funkeiros falamos.
O ritmo os incomoda, satura a cidade. Os carros gritam funk, as crianças da favela dançam passinho do funk.
O funk já se posicionando, o ritmo já se escutando, já não da pra ignorar.
As verdades já não são supostas, foi necessário chamar a atenção ao ponto máximo da libido de cada pessoa pra que o oprimido tenha espaço na industria, industria que foi criada de forma independente que que consegue se manter e crescer niveles inimaginável para qualquer empresario.
O cominho do funk vai em base a como forem os acontecimentos com outros estilos musicais. O funk vem ganhando espaço, vem evolucionando rápido, o futuro esta no funk e seu filho sabe de isso.
Não precisa mas palavras, liga a tv, liga a radio, sai na rua. O funk dominó!!!
Mais esse domínio tem uma historia de resistência, de preconceitos com o qual ainda tem que se lutar.
O funk existe, o funk é cultura, o funk já faz parte de sua vida...

ser-HUMANO

Ahora estoy aqui, sentado en casa escribiendo este texto.
Internet me facilita conectarme con las personas, una especie de camino ciberespacial que me ayuda a estar informado y poder informar.
En el sur de Brasil hace frio y estoy a mas de una semana solo leyendo noticias pasadas del 2011. En la cebeza el livro sobre el proyecto Paz en la Pista que realice a un año atras en Rio de Janeiro.
En comunicacion con el exterior me llega una informacion de Gioas, el norte de Brasil ``Extermiño de populación de rua (calle)´´, si si, como entendiste. En Goias al norte de Brasil ai gente que extermina, mata, fusila personas como vos y como yo. Personas que por diversas sircunstancias se encuentran en un asituación dificil, en la situacion de vivir en la ``pista´´.
Conozco um poco sobre esa experiencia, sé lo que se siente estar una noche sin esa protección de la que vos deves estar gozando ahora, la protecció
n de cuatro paredes que te encierran y te ocultan, te separan de lo que afuera esta pasando.
Sentirse dueño y al mismo tiempo tener que compartir un espacio que es de todos no es una cosa que cualquier persona pueda soportar. Ademas de vivir en condiciones precarias, improvizar como vivir alli con transeuntes pasando todo el tiempo, ser discriminado por quien piensa que es superior, por quien piensa que es ganador de una vida llena de mejores cosas, porque son eso, cosas.
Lo material y lo mano es una disputa constante que me vengo haciendo, como conseguir lidear con aquellos que se hacen valer y te hacen valer por lo que tenes y no por lo que sabes, por lo que vivis, por lo que podes mostrar.

La sociedad pone reglas que no concuerdan con la vida de ningún ser humano. No soy pre-historico pero consegui aprender a traves de las experiencias que me deje vivir, que el dinero y las cosas materiales ayudan pero no son lo mas importante. Cuando alguien consigue no solo leer, ni entender, sino vivir de esta manera, esa persona a llegado al máximo nivel de ser HUMANO.



Indio ou afogado

Hoje e 22 de Março do 2013, minhas lagrias nao param de molhar a minha cara assistiendo um video enviado desde a Aldeia Maracana, Rio de Janeiro.
A mas de 500 anos chegarem a massacrar nossa cultura, na minha sanguem uma mistura de desolamento, de desastre, de desigualdade, de falta de respeito, de intolerança. Na minha sanguem corre duas forças enfrentadas, dos cores diferentes, dos terrivels opostos marcados por historias sinistras: o indio e o desastre invasor.
Me olho no espelho, e procuro em cada parte nas veias que correm em mim minha ``raiz´´ e vejo estupro, vejo odio, vejo resistencia, vejo vengança.
Sou nacido em terras de indios de invaçao branca. Sou da ultima geraçao de misturados, sou do que resta de uma Latinoamerica em meio do proceso de afundamento pelas invaçoes e pelos estados que oprimem a nosso povo.
Vejo varias caras de presidentes, varias caras de diputados, varias caras de estado e varias caras de desesperados, varias caras de revoltados.
Começamos uma nova era, os indios Mayas falarem com suas letras. Agora e a volta, essa terra tem dono, essas terras sao sagradas.
Essa Latinoamerica de Paz e de Guerra, de Cidades e Aldeias.
Estamos aqui, nós decidimos, nós juntamos o nós afogamos...

Latinoamerica Livre!

fertil.

Pode vir olimpiadas,
pode vir o mundial,
pode vir ate o papa que a gente segue igual.
Somos trabalhadores, somos tierra fertil, somos sanguein caliente.
Somos de la mistura del indio con el estupro europeo y el dolor africano.
Somos Latinoamericanos...